O GIGANTE PRECISA ACORDAR

O Fluminense me domina, mas às vezes fico sem palavras para descrever o que se passa em determinado jogo. E o jogo de ontem no Morumbi foi um deles.

O que começa errado dificilmente muda, pode acontecer como já vimos em várias outras ocasiões. Começou errado na escalação, temos desfalques, sim temos, mas porque não manter o esquema que vem dando certo. Corinthians, Náutico e Goiás não foram primores de jogos, mas não perdemos e muito menos tomamos gols. A diferença desses jogos para o de ontem é que não faltou vontade, suamos a camisa. Além de ter a escalação equivocada não tivemos brio, ficamos assistindo o São Paulo jogar, correr, tocar a bola. Não fizemos nada para impedir.

Podem nos ganhar na técnica, mas nunca na vontade.

O time paulista nada difere do nosso, tem dois ou três que podem definir desequilibrar, mas estão a fim de sair da situação que se encontram na tabela. E o Fluminense assistiu a tudo como se estivesse à frente da TV assistindo um filme de drama daqueles que dá vontade de chorar ao final.

As coisas no jogo só começam a melhorar quando entra a base, a juventude com sangue nos olhos, com vontade de mostrar seu futebol e um lugar ao sol. Então porque não entrar com ela? Medo de queimar etapas? Mas os jovens de hoje em dia estão mudando as diretrizes de um país, porque não de um time de futebol?

Tem que ter no mínimo vontade para vestir essa camisa centenária! E muitos do que estão passam a impressão que não estão tendo esse ímpeto. Não está satisfeito, pede para sair. Procure novos horizontes, seja homem, na concepção da palavra. Parece-me um caminho sem volta. O elenco envelheceu e com ele o futebol foi junto. Não estou falando por um jogo, mas pelo que o time vem apresentando em campo. Independente do treinador e do esquema tático. Não vejo outra solução senão mudar e a mudança vêm com a juventude de Xerém.