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quinta-feira, junho 06, 2019

De cabeça erguida, ainda sonhamos

Foto: Lucas Mercon/Fluminense

Por Hugo Ottati


Deixamos a Copa do Brasil, mas de cabeça erguida. As críticas devem ser feitas, é óbvio, porque melhorar é possível e o Diniz sabe disso. A tristeza da eliminação vem, natural, principalmente pelo fato de que o Fluminense não ocupa uma posição no futebol brasileiro digna de sua história. Mas a situação hoje é essa não por culpa deste elenco ou do técnico, mas por questões políticas e gestões desastrosas.


Não lembram como terminamos o ano passado? O que você esperava do Fluminense para 2019? O pessimismo e a descrença de dezembro, evidente na maior parte da torcida tricolor, se tornou, ao longo desses últimos meses, em um fio de esperança, a partir de um trabalho que vem sendo realizado, não nos bastidores pela corja que comanda o clube, mas por um grupo humilde, comprometido, comandado por Diniz, e que respeita essa camisa. 

Limitados? sim, são. Isto é inegável. O elenco é limitado e alguns jogadores, individualmente, também. Mas raça, vontade e coesão não tem faltado. Hoje foi mais uma prova disso: a escolha ousada de Diniz em tirar os dois zagueiros em sintonia com a equipe que, de forma organizada (fator determinante), não se entregou até o minuto final, sendo coroada com um belíssimo gol de João Pedro. 

Ao meu ver, o resultado no Maracanã (1 a 1) pesou mais do que o de hoje. Em casa, com a torcida, dominamos a partida, mas não conseguimos balançar as redes, enfrentando um Cruzeiro covarde. O empate nos forçou a ter de garantir a classificação no Mineirão e jogamos de igual para igual. Do lado de lá um clube que, há anos, mantém um investimento milionário, com peças qualificadas de reposição. Abrimos o placar e fomos muito superiores na primeira etapa. Depois da virada do Cruzeiro, não desistimos, partimos pra cima e arrancamos um empate. Pênalti é pênalti, difícil comentar.
Individualmente, vale considerar: Agenor foi muito bem. Criticado por Diniz em determinados lances, fez o fácil, de forma segura, agarrou um pênalti e assumiu os chutões quando necessários. Ferraz fez falta, mas Frazan jogou seguro, não comprometeu. Allan, jogador que já critiquei algumas vezes, fez uma partidaça. Brenner surpreendeu. Miguel, menino de 16 anos que entrou no fim da partida, nos poucos toques na bola, demonstrou ter futebol para apresentar. João Pedro é diferenciado, um absurdo. Num geral, o time foi bem (Daniel, Caio Henrique, etc). Aliás, falando em Caio Henrique, insisto em dizer que acho um erro do Diniz subutilizá-lo na lateral, sendo um dos melhores jogadores do elenco. Ganso não poderia ter perdido dois pênaltis no jogo, eu concordo, mas o pior pelo lado tricolor, na minha opinião, foi Gilberto. Difícil encontrar algum acerto do lateral no jogo, além de ter cometido um pênalti e ter perdido na disputa final.

Agora é contra o time da Gávea, domingo, pelo Brasileirão. Venceremos. 
Que a torcida compareça ao Maracanã! 

Saudações Tricolores! 
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"E faz Laranjeiras de novo sonhar!"
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