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terça-feira, junho 11, 2019

Eleição no Flu e a necessidade de ampliar a participação do torcedor!

 
Texto publicado no blog "Faz Laranjeiras de novo sonhar!", por Hugo Ottati
 
No último sábado, dia 08, foi eleito o novo presidente do Fluminense para o próximo triênio: Mário Bittencourt, com 2.225 votos. O adversário, Ricardo Tenório, obteve 1.032 votos. Ao todo, foram 3.286 votos. Diante desse cenário, algumas breves reflexões precisam ser feitas.

Primeiro que é muito estranho pensar que cerca de três mil pessoas decidem o futuro de um clube com a grandeza do Fluminense, que possui milhões de torcedores. Ainda que esse número seja superior ou esteja na média, se comparado com outros grandes clubes do Rio, me parece pouco representativa e democrática esta decisão.
Mas, ok, são as regras do jogo. Por isso é importante entender a necessidade de ser sócio, principalmente no momento que vive o clube. É público o fato de que parcela considerável dos sócios não acompanha futebol e vários nem tricolores são. Essas pessoas votam. Só há uma forma de diminuir o peso desses votos: fazendo com que torcedores, de arquibancada ou que acompanham o Fluminense de alguma forma, assumam a responsabilidade com o futuro tricolor.
Além disso, um rápido comparativo com a última eleição, realizada em 2016, é possível perceber que houve um decréscimo no número de sócios aptos a votar e também de votantes. Em 2016 eram aproximadamente 12 mil sócios aptos e a eleição contou com um pouco mais de 4 mil votos. No sábado eram 9 mil aptos e foram 3 mil votos. 
Em ambos os pleitos, cerca de 1/3 dos sócios decidiram pelo novo mandatário. Mas a redução no número de sócios aptos e de votantes reflete não só a crise política e de representatividade que vive o Fluminense, mas os péssimos resultados dos últimos anos.
Em 2017, a partir da entrada de Pedro Abad na presidência tricolor, o Fluminense só venceu a Taça Guanabara. Perdeu a final do Carioca para o Flamengo; foi eliminado da Primeira Liga para o Londrina; na Copa do Brasil pelo Grêmio (5 a 1 no somatório); na Sulamericana pelo Flamengo (4 a 3 no somatório); e terminou em 14° no Campeonato Brasileiro com 47 pontos (11V e 13D). Um aproveitamento de 48% no ano. 
Em 2018, com um dos piores times da história do clube, embora tenha sido campeão da Taça Rio, não alcançou a semifinal da Taça Guanabara, perdeu para o Vasco na semifinal do Carioca; eliminado pelo Avaí na Copa do Brasil (3 a 1 no somatório); pelo Atlético-PR na Sulamericana (4 a 0 no somatório); terminou em 12° no Campeonato Brasileiro com 45 pontos (12V e 17D).
Fato é que, embora não tenha acesso ao número total sócios de 2016 e de 2019, incluindo os não aptos a votar, podemos observar que houve uma redução de mais de três mil sócios com requisitos para votar, o que significa que esse quantitativo de pessoas deixou de ser sócio neste período.
Que a nova diretoria, comandada por Mário Bittencourt e Celso Barros, veja essa pauta de sócios, efetivando uma revisão dos planos oferecidos, inclusive com a possibilidade de um plano popular e para tricolores de fora do Rio e do Brasil; priorizem a aproximação do clube com o sócio-torcedor; e estudem a viabilidade do voto online e outras formas de ampliar a democracia e participação dos sócios nas decisões do clube. 
Saudações Tricolores,

Hugo Ottati 

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