Rumo à glória, Fluminense!

Por Hugo Ottati

Engenhão quase lotado. O espírito de ansiedade tomava conta daquele local. Guerreiros em campo, prontos para guerra.

A torcida tricolor preparava uma grande festa receptiva. Porém, o insuportável engarrafamento nos acessos ao estádio e a extrema falta de organização na entrada dos setores, quase prejudicou o grande espetáculo na arquibancada. Devido a falta de torcedores na arquibancada Leste Superior, o mosaico tão esperado não pôde ser feito na entrada dos guerreiros como estava previsto.

Porém, algo estava para vir. Seria algo divino? Não, seria mais uma prova da mediocridade do estádio que foi considerado por alguns como o mais moderno da América Latina.

Queda de luz, escuridão e.... ''Chorão, paga conta do Engenhão!'' gritos vindos da arquibancada.

Mas isso seria um sinal? Daria tempo de fazer o mosaico? E os jogadores? Essa queda iria prejudica-los?

No lado de fora, a confusão era tanta que chegou ao ponto de abrirem os portões. Mesmo aqueles que não pagaram seus ingressos tiveram a oportunidade de ver a partida e o show da torcida tricolor.

Aos poucos, a arquibancada foi enchendo. Os que chegavam tomavam seus lugares para o começo de uma batalha que não seria fácil. Uma batalha cujo resultado era imprevisível. Nosso adversário...campeão Paraguaio e primeiro colocado em seu grupo na fase inicial da Libertadores.

Com o setor todo tomado pela massa de torcedores ansiosos, algumas luzes começaram a acender. De repente...

Uma onda verde, branca e grená foi surgindo, trazendo junto a ela os dizeres: ''Guerreiros''. Os jogadores, que ainda estavam em campo, não acreditavam no que viam. A partir disso, a motivação em campo foi ainda maior. Eles queriam de qualquer forma fazer daquela noite, uma noite especial, um presente digno do esforço e da belíssima festa da torcida.

Depois de alguns minutos, o juiz resolveu começar o jogo. Engenhão aceso novamente, e a partida estava para começar.

Logo aos 3 minutos, He-man abre o placar para o Fluminense. Era um sinal de uma noite histórica que estava por vir.

O primeiro tempo terminou assim, 1 x 0. No segundo tempo, não foi o estádio que sofreu um apagão, e sim o Fluminense. O time de guerreiros não conseguia sair jogando, eram chutões desesperados para frente em busca de Fred e Rafael Moura.

Aos 15 da segunda etapa, má saída de Berna e gol do Libertad.

A torcida pedia ''Araújo! Araújo!''. Passaram-se alguns segundos e lá estava ele, Araújo, pronto para entrar. A troca parecia ter surtido efeito e logo aos 27, Marquinho que estava mal na partida, desampatou o jogo com um belo chute.

O placar do Engenhão constava: Fluminense 1 x 1 Libertad.  É amigos, para variar, mais um erro daquele estádio moderníssimo. Enfim, o placar REAL da partida seguia Fluminense 2 x 1 Libertad.

Aos 30, falta na entrada da área. ''Concategoria'' fez Fluminense três, Libertad um.

(O placar eletrônico do estádio não queria que o Fluminense ganhasse e seguia insistindo em Fluminense 1 x 1 Libertad.)

Esta foi mais uma bela vitória tricolor que apesar de não ter mostrado um futebol de qualidade, ganhou jogando com vontade. E é isso que a torcida quer!


Parabéns aos nossos Guerreiros. E parabéns a todos os tricolores.

Ontem, provamos novamente que quantidade nunca foi sinônimo de qualidade. Não somos a maior? Que bom. Somos a MELHOR, e eu vos digo: essa sim, faz a diferença!


''Pois quem espera sempre alcança!''