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quinta-feira, maio 05, 2011

Não se vive SÓ de milagres.

Por Renato Melón






Pois é. Milagre.

Vocábulo incrivelmente conhecido até pelos céticos. Acepção que explica o inexplicável. Vínhamos acostumados com esse grande amigo... Que às vezes pode sumir.

Quando depositamos muito em algo; quando nos empreendemos em amar, em fazer o bem, em darmos tudo de si e quebramos a cara. Essa é a dura realidade.

Contudo, a palavra "milagre" tem uma outra companheira: Esperança.

Essa outra é quem mantém até os mortos vivos; mesmo após crucificá-los. Esperança vem de espera; interminável espera. Mas que insiste em esperar. Mesmo com toda dor, mesmo com todo amor.

Por sua vez, a esperança vem acompanhada de "desilusão".

Aí meu amigo, no meio de dores e de amores, muitas das vezes, é difícil não ter onde ser amparado.

Desaparece a alma, consome-se o choro; o otimismo dá lugar à indiferença. E aquela boa índole de outrora se transmuta na raiva.

Temos que ser fortes, de qualquer maneira. Fortes para suportar a dor. Porquanto esta sim fica, quando tudo vai embora.

Como já me disse um amigo:

"A esperança é a última que morre; e a primeira que mata".

Dizem que nossa alma é imortal. Então que nossa pele e que o manto tricolor seja imaculado.

Só assim sobreviveremos. Sob as cicatrizes e o sangue escorrido.

Do mais, já disse Shakespeare:

"O resto é silêncio"

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