
Pois é. Milagre.
Vocábulo incrivelmente conhecido até pelos céticos. Acepção que explica o inexplicável. Vínhamos acostumados com esse grande amigo... Que às vezes pode sumir.
Quando depositamos muito em algo; quando nos empreendemos em amar, em fazer o bem, em darmos tudo de si e quebramos a cara. Essa é a dura realidade.
Contudo, a palavra "milagre" tem uma outra companheira: Esperança.
Essa outra é quem mantém até os mortos vivos; mesmo após crucificá-los. Esperança vem de espera; interminável espera. Mas que insiste em esperar. Mesmo com toda dor, mesmo com todo amor.
Por sua vez, a esperança vem acompanhada de "desilusão".
Aí meu amigo, no meio de dores e de amores, muitas das vezes, é difícil não ter onde ser amparado.
Desaparece a alma, consome-se o choro; o otimismo dá lugar à indiferença. E aquela boa índole de outrora se transmuta na raiva.
Temos que ser fortes, de qualquer maneira. Fortes para suportar a dor. Porquanto esta sim fica, quando tudo vai embora.
Como já me disse um amigo:
"A esperança é a última que morre; e a primeira que mata".
Dizem que nossa alma é imortal. Então que nossa pele e que o manto tricolor seja imaculado.
Só assim sobreviveremos. Sob as cicatrizes e o sangue escorrido.
Do mais, já disse Shakespeare:
"O resto é silêncio"
Me sinto assim tb. Excelente texto.
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