"Fala, Tricolor!" - Fluminense eterno amor

Por Priscila Garcia

Paixão é arrebatadora. Vem e vai como um raio. Dura pouco. Não, não é isso que sinto por ele. É amor. Amor eterno.

As pessoas perguntam: mas o que você sente, amor por quem, pelo quê? Simples. Pelo escudo, pela instituição, pelo nome, pelas cores, pelas bandeiras, pela torcida, pelo hino, por este clube que mexe com a minha vida. Sinto amor e sou fiel.

Fluminense é sinônimo de emoção, alegria, sentimentos sublimes. Como um grande amor. Um orgulho bonito, do bem, de dizer: sou Fluminense sim, eu sou tricolor de coração.

Não importa onde ele esteja, em que divisão, em que colocação, nada importa. Quero me exibir, com agenda, chaveiro, camisa, ou quem sabe um lindo lingerie. Nossa história é grandiosa, nossas vitórias épicas, nossas viradas marcantes.

Tudo começou quando eu ainda era pequena. Na verdade papai dizia que queria uma menina, antes mesmo de eu nascer. Mas quando cresci, parecia um menino, pois ele me levava aos jogos, em qualquer estádio do Brasil. Macaranã? Minha casa! E como é difícil ser mulher que freqüenta e entende de futebol.

Meu amor pelo Flu era um amor compartilhado com meu pai. Sim, ele também amava. Os primeiros jogos, o primeiro amor. O talco na mão (era talco mesmo). Vi o primeiro jogo. Pronto, começou o namoro. Namoramos até hoje. Sim, namoramos, porque se tivéssemos casado, teria acabado. É namoro e com amor.

Hoje o time do Fluminense é considerado de guerreiros. Engraçado! Eu também sou! Nada pra mim veio fácil. E ao longo de todos estes anos, pude ver a minha vida misturada ao Fluminense. Confundida de uma forma espetacular. Lembro-me em 2007, estava desempregada, e ao arrumar dois empregos de uma só vez, liguei pro meu filho e disse: filho, seremos campeões da Copa da Brasil!

E como tenho pouco espaço, é assim que quero terminar. Falando do meu sucessor, o meu filho. Eu tenho o prazer de ir a todos os jogos com ele, de compartilhar todas as emoções ao lado dele. Isto é imensurável. O sentimento do pai, da filha, do filho, as gerações que preconizam este excessivo amor. Este sentimento verde, branco e grená.