Emoção
a flor da pele, foi isso que senti ao chegar ao estádio do nosso coirmão. Gosto
de chegar cedo e ao chegar o clima já estava totalmente favorável, pois o
pessoal fazia um esquenta para o jogo muito animado. Tomamos umas cervejinhas e
matamos a fome com um churrasquinho. Juntamos a turma e adentramos. Escolhemos
o lugar, não favorável a todos, mas que no final foi o melhor lugar que poderia
ter, digno de um teatro dos sonhos.
Cantamos,
pulamos e homenageamos o Carlinhos em sua luta particular. Isso inflamou os 12
mil apaixonados, pois a arquibancada pulsava como o coração do meu irmão que ao
meu lado parecia passar mal de tanta emoção.
Rola
a bola e o Fluminense toma as rédeas do jogo. Eu esperava um jogo tranquilo,
mas onde já se viu um jogo de libertadores tranquilo? Salvo aquele 6x0 contra o
Arsenal argentino em 2008.
Toca
a bola pra lá e toca pra cá e o tricolor tenta encontrar o caminho. Diferente
das outras partidas a torcida apoiava incondicionalmente, mas o bloqueio do
time venezuelano era quase intransponível. Até então Cavalieri assistia a
partida.
Carlinhos
fazia bela partida no avanço ao ataque, mas seu lado dava espaços, mas Rhayner compensava
esses espaços como um leão atrás de sua pressa.
E foi esse azougue que fez a melhor jogada tricolor no primeiro tempo onde
driblou dois e com um belo chute colocado fez a bola beijar o travessão para
alegria do goleiro adversário. Nosso primeiro tempo foi aquém do esperado, mas
jogar contra um time que esta com os onze atrás da linha da bola é complicadíssimo.
Como
ir para o segundo tempo sem falar do intervalo, poucas vezes vi uma torcida cantar
inclusive no intervalo e com uma empolgação de dar inveja a qualquer camisa 12
da vida.
Assim
que tem que ser
Vamos
para segunda etapa
O
toque de bola tricolor ficou mais envolvente, os laterais chegavam com
intensidade o bombardeio então começou. Não era Coréia contra o mundo e sim o
Fluminense contra o até então tímido Caracas. No ritmo do ditado água mole em
pedra dura tanto bate até que fura e de tanto bater a estrela do Rafael Sóbis brilhou
e na sobra de Rhayner ele estufa a rede adversária.
Êxtase
tricolor nas arquibancadas.
Meu
irmão ao meu lado diz: Saiu um peso de uma tonelada! E eu não conseguia manter
o grito de gol na garganta. Sem hora nem me lembrei da gripe que me assola há
dias.
Passada
a euforia do gol, ao invés de liquidarmos a fatura e esperar o tempo passar, permitimos
que acordássemos o tímido Caracas. Esse acreditou em seu potencial e encurralou
o campeão brasileiro e teve chance de empatar a peleja. Primeiro em chute sem
pretensão que foi a trave e quase sobra para alguém de bordô empurrar para as
redes. Outra oportunidade foi à trave novamente, mas acho que Cavalieri tirou
com os olhos, pois a pelota beija o travessão.
Vi
aos trinta do segundo tempo que a vaga era nossa quando baixou “São Castilho”
em Cavalieri que fez uma defesa fantástica. Garantindo nossa vaga nas oitavas
de final do torneio continental.
Ainda
teve tempo para outro bombardeio, mas Jean e Samuel não conseguiram dessa vez
balançar as redes.
Fomos
embora, respirando com dificuldade, pois a adrenalina ainda estava alta e com a
certeza que assim que tem que ser. Apoio incondicional da torcida e o time com
tesão de jogar. Nem sentimos os desfalques, mesmo os mais importantes devidos à
entrega dos jogadores em campo.
Vale
um adendo o que esse Rhayner se entrega em campo e isso impregna no time todo.
Que
venha as oitavas!
o que é a ironia do futebol, todas as vezes que fizemos campanha brilhantes só pegamos pedreira e times cascudos nas fases sub-sequentes, e nesse ano entramos na conta do chá e o nosso caminho nos parece tão mais ameno que o de nossos co-irmãos, fico feliz de ver que nossa sorte que tanto nos acompanhou em 2010 e 2012 está de volta, visto os lances que antes entrava e hoje bate nas traves e os atacantes adversários de frente para o gol erram os chutes. ST que venha a América!!!
ResponderExcluirUfa! Vitória sofrida, mas se não for sofrida, não é o Fluminense! Valeu irmão!
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