Por Luís Henrique Loures
No texto de hoje, farei uma homenagem à um atleta que jogou no Fluminense. Nenhum clube do mundo possuiu um jogador como ele. Se destacou em várias modalidades, sendo campeão em todas elas.
Refiro-me a João Coelho Netto, o Preguinho, filho do escritor Coelho Netto. Praticou nove modalidades de esporte. Como jogador de futebol, entrou para a galeria de grandes ídolos do Fluminense e do Brasil. Foi ele o autor do primeiro gol brasileiro em Copas do Mundo, no Uruguai, em 1930 - o gol de honra na derrota para a Iugoslávia por 2 a 1, além de ter sido também o primeiro capitão do time no jogo contra a Bolívia (marcou dois gols na vitória por 4 a 0).
Ele e o Fluminense nasceram quase juntos no início do século XX: o clube surgiu apenas dois anos, seis meses e 17 dias antes de Preguinho, atleta que daria ao tricolor 387 medalhas - a maioria de ouro - e 55 títulos em nove modalidades: futebol, basquete, natação, pólo aquático, remo, saltos ornamentais, atletismo, voleibol e hóquei sobre patins.
Mas começou a praticar o futebol por influência do irmão Emmanuel, conhecido como Mano.
"Aquela bola de couro sempre me atraiu mais, me dava emoção maior", dizia aos mais íntimos.'' (Preguinho)
Porém, este prazer começou a diminuir com o aparecimento do profissionalismo em 1933. Preguinho que sempre considerava o futebol um divertimento e jogava por paixão, jamais se profissionalizou e sofreu muito quando foi adotada a lei que só permitia aos amadores jogarem três vezes em um time profissional.
Nos jogos que disputou sempre fez gols. Participou da campanha do tricampeonato de 1936, 37 e 38. Cinco vezes artilheiro do Fluminense neste período e também do Carioca em 1928 e 32, com 16 e 21 gols respectivamente. No total, foram 184 gols com a camisa tricolor.
Um dos jogos mais inesquecíveis de Preguinho foi o Fla-Flu de 1928. O goleiro rubro-negro, Amado, o desafiou na semana do clássico com um telegrama: ''Amanhã será canja. Não farás nenhum gol''.
Preguinho entrou em campo com vontade e aos dois minutos de partida fez o primeiro, de longa distância. O segundo foi de calcanhar, depois que a bola escorregou das mãos de Amado. O Flu venceu por 4 a 1 e Preguinho saiu de alma lavada.
Mas o gol de sua vida, ele dizia sempre, foi o marcado em 7 de dezembro de 1930, no dia em que o Botafogo se consagrou campeão da cidade. Preguinho recebeu a bola na sua intermediária e, ao ver o goleiro adversário adiantado, encobriu-o como Pelé tentou fazer na Copa de 1979 contra a Tchecoslováquia
No basquete, Preguinho foi campeão carioca em 1924, 25, 26, 27 e 31; de atletismo em 1925 e de voleibol em 1923.
Em 1925, depois de nadar os 600m e ajudar o Fluminense a ser Tri estadual de natação, foi de táxi às Laranjeiras para jogar contra o São Cristóvão e ganhar o Torneio Início.
Tais façanhas fizeram dele o mais festejado herói tricolor e, em 1952, recebeu o título de Grande Benemérito Atleta, título que mais o orgulhou até sua morte, em 1979.
__________________________________________________
Refiro-me a João Coelho Netto, o Preguinho, filho do escritor Coelho Netto. Praticou nove modalidades de esporte. Como jogador de futebol, entrou para a galeria de grandes ídolos do Fluminense e do Brasil. Foi ele o autor do primeiro gol brasileiro em Copas do Mundo, no Uruguai, em 1930 - o gol de honra na derrota para a Iugoslávia por 2 a 1, além de ter sido também o primeiro capitão do time no jogo contra a Bolívia (marcou dois gols na vitória por 4 a 0).
Ele e o Fluminense nasceram quase juntos no início do século XX: o clube surgiu apenas dois anos, seis meses e 17 dias antes de Preguinho, atleta que daria ao tricolor 387 medalhas - a maioria de ouro - e 55 títulos em nove modalidades: futebol, basquete, natação, pólo aquático, remo, saltos ornamentais, atletismo, voleibol e hóquei sobre patins.
Mas começou a praticar o futebol por influência do irmão Emmanuel, conhecido como Mano.
"Aquela bola de couro sempre me atraiu mais, me dava emoção maior", dizia aos mais íntimos.'' (Preguinho)
Porém, este prazer começou a diminuir com o aparecimento do profissionalismo em 1933. Preguinho que sempre considerava o futebol um divertimento e jogava por paixão, jamais se profissionalizou e sofreu muito quando foi adotada a lei que só permitia aos amadores jogarem três vezes em um time profissional.
Nos jogos que disputou sempre fez gols. Participou da campanha do tricampeonato de 1936, 37 e 38. Cinco vezes artilheiro do Fluminense neste período e também do Carioca em 1928 e 32, com 16 e 21 gols respectivamente. No total, foram 184 gols com a camisa tricolor.
Um dos jogos mais inesquecíveis de Preguinho foi o Fla-Flu de 1928. O goleiro rubro-negro, Amado, o desafiou na semana do clássico com um telegrama: ''Amanhã será canja. Não farás nenhum gol''.
Preguinho entrou em campo com vontade e aos dois minutos de partida fez o primeiro, de longa distância. O segundo foi de calcanhar, depois que a bola escorregou das mãos de Amado. O Flu venceu por 4 a 1 e Preguinho saiu de alma lavada.
Mas o gol de sua vida, ele dizia sempre, foi o marcado em 7 de dezembro de 1930, no dia em que o Botafogo se consagrou campeão da cidade. Preguinho recebeu a bola na sua intermediária e, ao ver o goleiro adversário adiantado, encobriu-o como Pelé tentou fazer na Copa de 1979 contra a Tchecoslováquia
No basquete, Preguinho foi campeão carioca em 1924, 25, 26, 27 e 31; de atletismo em 1925 e de voleibol em 1923.
Em 1925, depois de nadar os 600m e ajudar o Fluminense a ser Tri estadual de natação, foi de táxi às Laranjeiras para jogar contra o São Cristóvão e ganhar o Torneio Início.
Tais façanhas fizeram dele o mais festejado herói tricolor e, em 1952, recebeu o título de Grande Benemérito Atleta, título que mais o orgulhou até sua morte, em 1979.
__________________________________________________
''FLU MEMÓRIA''
Essa coluna é escrita normalmente ás quartas-feiras.
Não deixe de comentar, sua opinião é muito importante para nós!
Saudações Tricolores!
Nenhum comentário:
Postar um comentário